O CASO DA BONDADE

Artista e Escritora em Tempo Integral: Onde a ciência, a humanidade e a arte convergem

Ana Luiza/10 de Abril de 2024/ Estilos de vida de enfermagem, Postagens sobre Arte, Postagens sobre arte e enfermagem, Postagens sobre enfermagem


Uma reforma em casa, uma corrida matinal e um encontro com um esquilo trabalhador


Desculpe, queridos leitores, não posto nada há várias semanas

Estranhamente, recentemente lembrei de um encontro que tive com um esquilo. Certa manhã, eu estava correndo ao longo da ponte do Rio Paraiba. Era uma manhã muito fria, pois estávamos na maior parte do mês de Março. No caminho, algo incomum chamou minha atenção. Um longo lenço de lã, pendurado num galho, estava sendo puxado do tronco de um cedro. Parando um momento para estudar a situação, vi um esquilo puxando o lenço, puxando-o para cima da árvore, provavelmente para forrar o ninho. Parei de correr e me aproximei da árvore para ver melhor. O lenço parecia ser tricotado com pontos grandes e enrolados de fio laranja e branco. Como ele entrou na árvore, eu não sei. Alguém colocou lá? Ou será que o esquilo o colocou do chão na árvore? Os pontos enrolados do lenço ficaram enganchados no galho da árvore e, apesar dos esforços do esquilo, não se mexiam. Eu simpatizei com a situação da pequena fera. Estava frio; usar um lenço de crochê descartado para forrar o ninho foi uma ideia que eu poderia apoiar. Não sou uma pessoa alta, mas consegui alcançar a ponta pendurada do lenço que pendia abaixo do galho. Estendi a mão em direção a ele. O esquilo percebeu e subiu correndo pelo tronco da árvore em busca de segurança, desconfiado de minha intenção. Soltei o lenço do galho, voltei ao meu ponto de vista original e esperei. Em poucos minutos o esquilo voltou ao lenço. Observando, ocorreu-me que eu deveria ter enrolado a ponta longa em uma bola de alguma forma; talvez isso facilitasse um pouco o trabalho do esquilo. Inesperadamente, o esquilo fez exatamente isso: posicionou-se no galho no ponto em que o lenço estava pendurado e, usando os dentes e as patas, juntou o lenço para cima em forma de bola. Depois subiu novamente no galho, puxando o lenço para cima novamente. Fiquei muito surpresa ao descobrir o esquilo e compartilhei habilidades de resolução de problemas! Nossas diferenças eram o tamanho e a capacidade de usar ferramentas, mas o processo de pensamento era o mesmo. Dessa maneira, o esquilo içou o lenço mais alguns metros acima da árvore, até que o lenço se prendesse novamente, desta vez em um nó no galho. Neste ponto, eu estava totalmente envolvido na situação do esquilo. Mais uma vez, aproximei-me da árvore e o esquilo subiu correndo pelo tronco, escondendo-se na vegetação. Infelizmente, não consegui mais alcançar o lenço. Encontrei um galho pequeno e quebrado no chão e usei-o para afrouxar o lenço mais uma vez, antes de voltar para minha posição. O esquilo desceu novamente, continuando seu trabalho. Lamentavelmente, eu tinha um compromisso para comparecer e precisava terminar minha corrida. Eu não poderia ficar para saber como o esquilo se saiu. Na manhã seguinte fiz o mesmo percurso, lembrando-me de verificar a árvore. O lenço estava agora visivelmente mais alto, em outro galho. O esquilo havia percorrido uma distância surpreendente. Percebi então que era bem possível que o esquilo tivesse adquirido o lenço descartado no chão; antes eu presumi que um humano o tivesse pendurado na árvore. Não havia sinal do esquilo, entretanto. Na terceira manhã, parei para observar novamente o trabalho do esquilo. O lenço foi movido de 60 a 90 centímetros para dentro da árvore. Mais uma vez, o esquilo não era visível de onde eu estava. Desde então, o lenço permanece no mesmo lugar. O corajoso esquilo abandonou usá-lo como ninho. O lenço permanece envolvido na árvore. Penso no esquilo e no meu desejo compartilhado de melhorar nossas casas; nossa disposição de trabalhar para alcançar nossos objetivos e no trabalho que tenho pela frente. Espero que, ao contrário do meu amigo peludo, consiga realizar meu projeto de reforma de casa em grande escala.

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